terça-feira, 7 de junho de 2011

Entrevista Dr. Jacques Nicoli


Prof. Dr. Jacques Nicoli


Curriculo Lattes -
Jacques Robert Nicoli
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A
Jacques Robert Nicoli tem uma "Maitrise de Biologie Biochimique" pela Faculté des Sciences de Marseille-Luminy, França (1973), um Doutorado em Bioquímica-Imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986) e um Pós-Doutorado em Ecologia Microbiana pelo Institut National de la Recherche Agronomique de Jouy-en-Josas, França (1989). Atualmente é Professor Titular do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais e Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1A do CNPq. É consultor ad-hoc do CNPq, FAPEMIG, CAPES, FINEP, MCT, FAPERJ, ANVISA, FAP, FAPEA, FAPDF, FUNPAC, FAP-SE, MS/DECIT, IPEC Evandro Chagas, FIOCRUZ, FAPEMAT, FAPEAM e Fundação Araucaria. É Associate Editor da revista BMC Microbiology, Review Editor da revista Frontiers in Food Microbiology e revisor das revistas: British Journal of Pharmacology, PLoS ONE, FEMS Immunology & Medical Microbiology, Nutrition, Journal of Dairy Research, Veterinary Microbiology, BMC Infectious Diseases, BMC Gastroenterology, Microbes and Infection, Trends in Parasitology, Anti-Infective Agents in Medicinal Chemistry, Experimental Parasitology, International Journal of Food Microbiology, Journal of Dermatological Science, Mycoses, Journal of Veterinary Science, Food Science and Technology International, Journal of Applied Microbiology, Future Microbiology, Journal of Biomedicine and Biotechnology, Research in Microbiology, Current Microbiology, Science of the Total Environment, Process Biochemistry, Infectious Disease Reports, Food Pathogens and Disease, Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Pesquisa Agropecuária Brasileira, African Journal of Biotechnology, Iranian Journal of Biotechnology, Turkish Journal of Biology, Emirates Journal of Food and Agriculture, African Journal of Microbiology Research, Ciência e Tecnologia de Alimentos e Brazilian Journal of Microbiology. Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia/ICB/UFMG (1997-1999 e 1999-2001) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa (2002-2004) e membro nomeado pela CAPES da Comissão de Avaliação dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Biológicas III e de Comissões de Visita a Programa de Pós-graduação. É membro nomeado pela Society for Microbial Ecology and Disease (SOMED) do "Panel of Experts for Probiotics" e membro convidado do Biocodex International Advisory Board. Publicou 198 artigos completos (142 internacionais e 56 nacionais) e 80 resumidos (22 internacionais e 58 nacionais) em revistas indexadas e 640 trabalhos em anais de eventos (178 internacionais e 462 nacionais). Publicou 27 livros ou capítulos de livro. É co-inventor de 2 processos ou produtos depositados. Orientou 25 dissertações de mestrado e co-orientou 17, orientou 19 teses de doutorado e co-orientou 10, supervisionou 2 pós-doutorados, além de ter orientado 87 trabalhos de iniciação científica, de conclusão de curso, DTI, ITI, e outros. Orienta atualmente 6 doutorados, 2 mestrados e 3 iniciações científicas e supervisiona 1 pós-doutorado. Trabalha nas linhas de Ecologia Microbiana de Superfície Corporal Humana e Animal, Desenvolvimento de Pre- e Probióticos e Gnotobiologia.

1 - O que te levou a escolher essa área?
Iniciando os meus trabalhos sobre a obtenção, manutenção e uso de animais isentos de germes (camundongos sem nenhuma microbiota associada, vivendo dentro de uma bolha totalmente esterilizada), tive que aprofundar os meus conhecimentos sobre os componentes dessa microbiota e suas funções e influências para o hospedeiro humano e animal.

2 - Quais os aspectos de ecologia microbiana, especialmente do trato digestivo? 
Estudo da ecologia microbiana de superfícies e mucosas do homem e de animais na saúde e na doença em termos de composição, funções e modulação.  Primeiro, avaliamos os equilíbrios microbianos nos ecossistemas associados (superfície cutânea, mucosa digestiva, mucosa vaginal) em condições de eubiose ou disbiose, Segundo, determinamos as funções ou influências dos componentes microbianos desses ecossistemas no quadro das inter-relações com o hospedeiro (funções de proteção ecológica, imunomodulação e contribuição nutricional ou atividades patogênicas). Terceiro, desenvolvemos métodos de intervenção na instalação, no equilíbrio e nas funções dos componentes microbianos em benefício do hospedeiro (probióticos e prebióticos).  
 
3 - Qual a relação da microbiologia com os aspectos moleculares e genéticos?
Estamos utilizando cada vez mais métodos baseados em biologia molecular para os experimentos. Trabalhamos muito pouco com genética.

4 - Quais as contribuições do seu laboratório para a pesquisa no Brasil, especialmente microbiologia de bactérias anaeróbicas e também das pesquisas em animais isentos de germe?
Acho que é principalmente a obtenção de informações de interesse para imunologistas, parasitologistas, pediatras, gastroenterologistas, ginecologistas, dermatologistas e veterinários e para o desenvolvimento de processos e produtos biotecnológicos. Fornecemos animais isentos de germes para experimentos pontuais para pesquisador do Brasil interessados no uso deste modelo animal e já fornecemos esses animais para diversos centros de pesquisa no Brasil (UFRJ, UNICAMP, UFRGS).


5 -  Como você avalia a importância das pesquisas realizadas no Laboratório de Microbiologia para a sociedade local?
Estamos desenvolvendo produtos biotecnológicos (probióticos) de importancia para as industrias de alimentos e farmecêuticas. Esses produtos são Também importantes para saúde pública em geral (prevenção e tratamento de doenças infecciosas e inflamatórias).


6 - Quais as principais dificuldades encontradas para a realização dessas pesquisas?
Essencialmente ao nivel de importação e exportação de material para pesquisa. A burocracia é fenomenal.


7 - Quais são os pré-requisitos necessários para ser um estagiário do Laboratório de Microbiologia?
Ter cursado ums disciplina de microbiologia (teórica e prática).



sábado, 4 de junho de 2011

Vídeo da Telma Lavor

http://telmasouzalavor.blogspot.com/2011/06/meu-video.html

Gincana..

Agora sim.. 'quase' tudo pronto. Só falta postar a entrevista, estou esperando a resposta! O semestre tá chegando ao fim e eu já to com saudade! Nem tanto desses trabalhos loucos, seminários e afins, mas da experiência maravilhosa que a gente vivencia a cada dia! E que venha o 2° o/

Molécula de DNA

10° Fichamento.. AÊÊÊ!

Impacto da Avaliação Pré-Anestésica sobre a Ansiedade e a Depressão dos Pacientes Cirúrgicos com Câncer.

FILHO, L.M; ET AL. Impacto da Avaliação Pré-Anestésica sobre a Ansiedade e a Depressão dos Pacientes Cirúrgicos com Câncer. Revista Brasileira de Anestesiologia Vol. 56 N° 2, Março - Abril, 2006.

''Ansiedade e depressão são os distúrbios psiquiátricos mais comumente associados às doenças clínicas. A ansiedade pode ser considerada normal ou  patológica. Ansiedade patológica pode estar presente em condições como doenças físicas, vigência de uso de medicamentos ou drogas, abstinência de depressores do sistema nervoso central ou mesmo, primariamente, nos chamados transtornos ansiosos.'' (p.1)

''Sintomas psicológicos e somáticos de depressão apresentam- se com freqüência em pacientes com doenças clínicas, mesmo na ausência de síndrome depressiva'' (p.2) 

''A freqüência global de transtornos de ansiedade e humor
em pacientes internados variou entre 15% e 60%.'' (p.3)

''A escala hospitalar de ansiedade e depressão (HAD) foi desenvolvida para detectar estados de ansiedade e depressão em pacientes fisicamente doentes, que podem respondê-la sozinhos. A HAD difere de outros instrumentos utilizados para medir ansiedade e depressão por não possuir itens somáticos, como perda de peso, anorexia, insônia, fadiga, pessimismo sobre o futuro, dor de cabeça, tontura, etc. A HAD tem sido utilizada tanto para o diagnóstico, como para medir a gravidade de transtornos ansiosos/depressivos.'' (p.6)

''O câncer é uma doença devastadora. A consciência da doença tem grande impacto na vida dos pacientes, suscitando alterações físicas e psicológicas.'' (p.7)

''Uma das medidas para o controle do câncer é a extirpação cirúrgica do tumor. Entretanto, embora isso seja freqüentemente possível, certas práticas cirúrgicas podem ter conseqüências físicas graves.'' (p.8)


Vídeo da Adailma

http://adailmalacerda.blogspot.com/2011/06/meu-video-tarefa-6.html

Eles me divulgaram!

Alice Bezerra: http://liccesbezerra.blogspot.com/2011/06/postagens-dos-meu-amigos.html

Amanda Arraes: http://amandaarraes.blogspot.com/2011/05/divulgando-videos-e-visitas-apae.html

Ismael Luna: http://ismaelluna.blogspot.com/2011/05/divulgando-videos-atividade-9-da.html

Paloma Simião: http://sorridente-ps.blogspot.com/2011/05/relatorio-da-apae-karina-g-macedo.html

9° Fichamento

REZENDE, V.L; ET al. Revisão crítica dos instrumentos utilizados para avaliar aspectos emocionais, físicos e sociais do cuidador de pacientes com câncer na fase terminal da doença. Revista Brasileira de Cancerologia 2005; 51(1): 79-87.


''Atualmente, muitas pessoas vivem por mais tempo e assim, o cuidar do paciente com doenças crônicas
tornou-se um elemento importante no contexto da saúde pública.'' (p.1)


''É justamente na fase terminal da doença, quando não é possível mais controlar a doença, que o papel dos cuidadores torna-se mais importante e, ao mesmo tempo, mais difícil. Cuidar representa desafios a serem superados, envolvendo longos períodos de tempo dispensados ao paciente, desgastes físicos, custos financeiros, sobrecarga emocional, riscos mentais e físicos. A fase terminal da doença é tida como a mais difícil e angustiante. Na última semana de vida, os principais problemas dos pacientes, geralmente, são administrar a dor, a insuficiência respiratória, a confusão, seguidos por ansiedade e por depressão.4 Desta forma, os cuidadores têm um papel muito importante nos aspectos práticos, sociais, físicos e emocionais do paciente, bem como nas decisões a serem tomadas no fim da vida.'' (p.2)

''Estudos recentes demonstram, porém, que os cuidadores apresentam dificuldades para identificar o que o paciente sente.'' (p.5)

''Um trabalho de prevenção da ansiedade, tanto do paciente como da família, poderia ser realizado para aliviar esse sofrimento. Existe um inter-relacionamento entre as necessidades do paciente e da família, bem como entre os sintomas psicológicos apresentados. A família é afetada pela doença, e a dinâmica familiar afeta o
paciente.'' (p.6)

''Nos estudos que abordam as conseqüências de cuidar do paciente na fase terminal da doença, a experiência é descrita como muito pesada e negativa para os cuidadores informais.'' (p.7)

''O estudo das doenças crônicas, cuidados paliativos e medicina não-curativa levaram a reavaliar a questão da morte. Hoje, quando se estuda o paciente na fase terminal da doença, surge a noção do que poderia ser considerado um "bom final de vida" e uma conseqüente "boa morte". Há, também, necessidade de otimização das intervenções em todas as áreas.'' (p.10)

''No Brasil, são escassos os estudos com a família ou com os cuidadores informais de pacientes com câncer que utilizaram instrumentos de avaliação padronizados.'' (p.11)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

8° Fichamento


Infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV): incertezas e desafios


QUEIROZ, D. T; PESSOA, S. M. F; SOUSA, R. A. Infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV): incertezas e desafios. Acta Paul Enferm. 2005;18(2):190-6


''HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) mais prevalente em todo o mundo. Estima-se que, mundialmente, cerca de quinhentas mil a um milhão de pessoas se infectam pelo HPV.'' (p.2)

''Aproximadamente de 3 a 5% da população sexualmente ativa brasileira apresentam a doença HPV induzida, isto é, o vírus não se equilibrou com o hospedeiro ou não se apresentou devidamente ao sistema imunológico do portador, levando à manifestação da doença.'' (p.3)

''Desde 1977, quando alguns autores observaram a correlação da infecção pelo HPV com a carcinogênese genital, inúmeros estudos e pesquisas se iniciaram e continuam até os dias atuais. Os estudos tem comprovado que a integração do genoma de determinados tipos
de HPV (principalmente os do tipo 16, 18, 31, 33 e 35,dentre outras centenas identificadas), com o genoma da célula hospedeira, sobretudo a célula metaplásica cervical, dependendo de outros co-fatores, podem levar à formação de lesões pré-neoplásicas.'' (p.4)

''O exame de prevenção de câncer ginecológico é uma estratégia para redução dos altos índices de mortalidade por câncer de colo uterino, vagina e vulva causados pelo HPV. Esta estratégia deve ser priorizada pelas políticas de Saúde Pública nos serviços de referência em atenção primária do país.'' (p.5)

''O aumento da detecção do HPV na última década chegou a 500%. Este fato pode ter sido ocasionado por avanços e descobertas dos aspectos citológicos e histológicos e pela reinterpretação das imagens da colposcopia e da peniscopia.'' (p.6)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

7° Fichamento

TEMPORARY RESTORATION: IMPORTANCE IN ENDODONTIC SUCCESS.

SILVA, J. R. S; PEREIRA, R. C. S; RAMALHO, L. M. P. TEMPORARY RESTORATION: IMPORTANCE IN ENDODONTIC
SUCCESS. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 4, n. 2, p. 143-149, maio/ago. 2004
149


''O objetivo do tratamento do sistema de canais radiculares envolve a recuperação do dente comprometido nos seus aspectos funcionais e estéticos.'' (p.1)

''Por outro lado, a correta obturação do espaço endodôntico e a aprimorada restauração do elemento dental, evitam a proliferação e recontaminação bacteriana. Seguindo este princípio, é indiscutível a
necessidade do emprego de um bom selador provisório entre sessões, pois o sistema de canais radiculares permanece vulnerável à colonização de microorganismos provenientes do meio bucal'' (p.2)

O mercado odontológico apresenta inúmeros materiais restauradores empregados para esse fim, com capacidade de vedamento variáveis. Alguns desses apresentam melhor resistência às forças da mastigação, mais com pouca capacidade seladora. (p.3)

Visita a APAE - Alice Bezerra

http://liccesbezerra.blogspot.com/2011/05/visita-apae.html

6º Fichamento

Células-tronco em Odontologia

SOARES, A. P; KNOP, L. A. H; JESUS, A. A; ARAÚJO, T. M. Células-tronco em Odontologia. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, v. 12, n. 1, p. 33-40, Maringá, jan./fev. 2007.

“A perda dentária e dos tecidos periodontais pode resultar em movimento dos dentes remanescentes, dificuldade na mastigação, fonação, desequilíbrio na musculatura e comprometimento da estética dentária e do sorriso, comprometendo a auto-estima. Atualmente existem diversas terapias para substituição dos órgãos dentários, todas elas baseadas em técnicas não-biológicas e sujeitas a falhas26.” (p.33)

“Células-tronco são definidas como células indiferenciadas com grande capacidade de auto-renovação e de produzir pelo menos um tipo celular altamente especializado. Existem duas categorias de células-tronco: as células-tronco embrionárias pluripotentes e a linhagem de células unipotentes ou multipotentes, denominadas células-tronco adultas, que residem em tecidos diferenciados22.” (p.34)

“Inúmeros estudos têm isolado células altamente proliferativas, derivadas da polpa dentária3,8,18,19,20,27.Constatou-se que tais células são multipotentes e possuem a capacidade de auto-renovação e de diferenciação em diversos tipos celulares.” (p.34)

“Existem evidências de que células-tronco de dentes decíduos são similares àquelas encontradas no cordão umbilical.” (p.35)

“Os marcadores para as células-tronco são de extrema importância, pois estas células residem em diferentes locais dentro do tecido26. São necessários mais estudos sobre marcadores específicos que possam identificar nichos de células-tronco presentes na polpa dentária  in situ e sobre como se dá o desenvolvimento desses nichos9.” (p.35)

“Sabe-se que os fatores de necrose tumoral (TNF) são cruciais na formação das cúspides dos  molares29.” (p.37)

“A terapia com células-tronco adultas geralmente é precedida pela compreensão de todas as suas propriedades, o controle de sua proliferação e os fatores que determinam sua diferenciação. A regeneração de um órgão dentário não é simples, pois seu desenvolvimento é determinado por interações complexas e inúmeros fatores de crescimento29 e, ainda, a diferenciação celular está ligada a mudanças morfológicas no decorrer da formação do germe dentário9. Tem sido proposta a utilização de células-tronco adultas em diversas áreas da Odontologia.” (p.37)

“Inúmeros esforços têm sido direcionados para a regeneração periodontal. Laino et al.11 demonstraram a presença de células tronco-adultas no ligamento periodontal, com propriedade clonogênica e alta taxa proliferativa.” (p.38)

“O objetivo da Odontologia conservadora é restaurar ou regenerar os tecidos dentários para manter a vitalidade, a função e a estética do dente. Gronthos et al.8 iniciaram estudos para isolar células-tronco da polpa dentária a partir de terceiros molares humanos impactados.” (p.38)

“É possível que, num futuro próximo, se utilize da bioengenharia na terapia endodôntica e periodontal, apesar de, atualmente, a ciência se encontrar distante de desenvolver órgãos dentários completos a partir de células-tronco, devido aos mecanismos complexos da formação dentária.” (p.39)

5º Fichamento

Associação entre doença periodontal e patologias sistémicas

ALMEIDA, R. F; PINHO, M. M; LIMA, C; FARIA, I; SANTOS, P; BORDALO, C. Associação entre doença periodontal e patologias sistémicas. Rev Port Clin Geral, 2006; v.22, p.379-90.

“A Doença Periodontal (DP) é uma infecção crónica, produzida por bactérias gram-negativas, com níveis de prevalência elevados, sendo a segunda maior causa de patologia dentária na população humana de todo o Mundo.” (p.379)

“As manifestações clínicas da doença são dependentes das propriedades agressoras dos microrganismos e da capacidade do hospedeiro em resistir à agressão.” (p.379)

“Em presença de bactérias específicas, o hospedeiro inicia uma resposta de defesa que condiciona o facto de ocorrerem ou não lesões a nível celular e tecidular. Esta resposta pode ser inespecífica (inata), se se trata do primeiro contacto com os referidos microorganismos, ou específica (adaptativa), quando já ocorreu contacto prévio entre o hospedeiro e os agentes bacterianos.” (p.380)

“Define-se como uma inflamação superficial da gengiva onde, apesar das alterações patológicas, o epitélio de união se mantém unido ao dente, não havendo perda de inserção. É uma situação reversível, caso sejam removidos os factores etiológicos (bactérias). Contudo, tem um papel precursor na perda de inserção ao redor dos dentes se os factores etiológicos não forem eliminados.” (p.380)

“A Periodontite corresponde a uma situação de inflamação com destruição do periodonto e ocorre quando as alterações patológicas verificadas na Gengivite progridem até haver destruição do ligamento periodontal e migração apical do epitélio de união (...)” (p.380)

“No que se refere aos estudos longitudinais pode observar-se que os diabéticos mal controlados, independentemente do tipo de Diabetes em questão, apresentam uma situação mais severa de Periodontite do que os indivíduos bem Controlados.” (p.381)

“Considerando o tipo de patologia cardiovascular, são já vários os estudos que encontram uma associação forte entre Doença Periodontal e Doença coronária, 33,35 Enfarte do Miocárdio36 e Eventos Cérebro-vasculares.37,38” (p.383)

“Um estudo conduzido por Terpenning e col.46 numa população idosa, demonstrou um aumento do risco de pneumonia por aspiração quando a bactéria Porphyromonas gingivalis, associada à Doença Periodontal, estava presente na placa bacteriana e saliva dos pacientes.” (p.385)

“A Periodontite e a Artrite Reumatóide apresentam mecanismos de patogénese similares, caracterizados por uma condição inflamatória exacerbada. No entanto, nenhuma relação causal pode ser estabelecida embora esteja devidamente documentado que pacientes com Artrite Reumatóide apresentam uma deterioração aumentada das condições periodontais em comparação com pacientes sem a doença.” (p.386)


4º Fichamento





ANÁLISE DE DNA EM ODONTOLOGIA FORENSE

VIEIRA, G. S; TAVARES, C. A. T; BOUCHARDET, F. C. H. Análise De DNA Em Odontologia Forense. Arqu bras odontol; v.6, n.2, p.64-70, 2010.


Este artigo demonstra a aplicabilidade do DNA dentro da Odontologia Forense mostrando sua importância. Resume-se a estrutura e a história da molécula de DNA e depois demonstra-se que as análises na odontologia legal ocorrem através da saliva e polpa dentária, além de o DNA também ser extraído de amostras de sangue, urina, esfregaços bucais, osso, fios de cabelo, sêmen, entre outros materiais biológicos, podendo ser encontrado no DNA genômico e no DNA mitocondrial.

Apesar de ser encontrado nos núcleos das células humanas, o DNA genômico não é tão resistente quanto o DNA mitocondrial que é usado para análise de tecidos antigos como ossos, dentes, cabelos e em grandes desastres onde o DNA genômico já não possui condições de análise.

Para se obter o perfil genético através do DNA necessita-se das seguintes etapas: extração, quantificação, amplificação e análise da região estudada. Porém, mesmo para o DNA mitocondrial nem sempre será possível a realização do exame de DNA, devido ao fato das amostras biológicas estarem contaminadas, degradadas ou em quantidades tão pequenas que não possibilitem seu estudo.

O artigo conclui-se mostrando a importância da análise de DNA que contribui nos processos de identificação humana, principalmente quando os demais métodos se tornam inviáveis de serem realizados, além de observar que os odontolegistas quando peritos devem ter também conhecimentos tecnológicos para a análise de DNA.